terça-feira, 12 de agosto de 2014

INTERCÂMBIO: SE PERDER EM ALGUM LUGAR DO MUNDO PARA SE ENCONTRAR

Intercâmbio – “ Troca constante de relações, sejam elas comerciais ou culturais entre nações.” Como o próprio nome diz, intercâmbio significa uma troca generalizada e de brinde, uma experiência de vida que só quem se arrisca a atravessar o oceano em busca de um sonho sabe do que estou falando. E pra mim, um intercâmbio, seja ele qual for (high school, curso de idioma, trabalho), resume em você se permitir viver uma outra vida.

Primeiros passos

Sempre tive o sonho de conhecer a fundo alguma cidade aleatória em algum lugar do mundo e mergulhar na cultura local, mas nunca consegui trazer isso pra realidade, talvez por imaturidade mesmo. Em 2011, eu decidi que precisava viver algo intenso, algo que eu pudesse olhar para trás alguns anos depois e dizer com total convicção: I had the time of my life! A ideia de fazer intercâmbio caiu como uma luva... Foram alguns meses de muita pesquisa e trocas de e-mails com pessoas que realmente entendiam do assunto à procura da melhor agência e do programa que melhor correspondesse às minhas expectativas.
Planejei tudo cuidadosamente para não correr riscos e decidi que o melhor seria fazer um curso de inglês por três meses em Boston. Por que Boston? Ah porque é uma cidade que possui um extenso centro universitário e educação de altíssima qualidade, pois abriga nada mais nada menos que Harvard University e MIT Massachusetts Institute of Technology.
No dia 10 de Dezembro de 2011, às vésperas das festas de fim de ano, quando o verão estava começando no Brasil, resolvi deixar a minha zona de conforto e fui...  Choque cultural, adaptação, o diferente, o inesperado, enfim, estava tudo muito bem trabalhado emocionalmente, claro que na teoria, porque na prática.... Quando cheguei em Boston e comecei a viver a experiência de fato, eu surtei. Não conseguia lidar com o tal do inusitado que eu tanto procurava. A saudade de casa, a solidão e a dúvida começaram a falar mais alto e lembro-me perfeitamente de chorar até dormir. Depois de quase um mês nesse impasse, surgiu a oportunidade de tentar algo diferente em Nova York e essa foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida.



 A experiência

O fato é que hoje eu entendo que na realidade, eu me blindei a tudo e a todos durante o período em que estava em Boston e se tem uma lição que eu tirei disso foi: VOCÊ PRECISA SE ADAPTAR AO MEIO E NÃO O MEIO SE ADAPTAR A VOCÊ. Nenhum começo é fácil e estar em um país onde você não conhece ninguém e ninguém conhece você é sim assustador a princípio e claro que o desespero é inevitável, entretanto o controle emocional é primordial. Sempre vão existir momentos de saudade do abraço da sua mãe, da risada do seu pai, dos encontros com os amigos, mas não rola pegar um ônibus de volta pra casa.
Uma vez que você se dispõe e viver uma experiência internacional, é preciso estar aberto a todas as oportunidades, pois o intercâmbio te proporciona várias delas. Quando cheguei em Nova York, o ritmo da metrópole me contagiou e decidi colocar uma coisa na minha cabeça de uma vez por todas: só iria depender de mim fazer a experiência valer a pena e foi a partir desse momento que tudo começou a fazer sentido. Fiz amizades tanto na escola quanto fora dela, aprendi a entender o mapa do metro e a usá-lo a meu favor para vasculhar ao máximo tudo o que a cidade tinha pra me oferecer... Finalmente comecei a viver uma vida que eu pudesse chamar de “minha” e os três meses chegariam ao fim em poucos dias e uma vez que eu havia entendido as leis básicas de um intercâmbio, isso soava como “tirar o doce da boca de uma criança”, então os três meses se estenderam para seis no total.
O tempo passou e eu já estava totalmente íntima do idioma local, bem como do “New Yorker lifestyle”, criei uma rotina (meio maluca, mas era uma rotina) e descobri o prazer de construir uma vida, sim, eu disse uma vida, pois eu me deparei com novos princípios e os antigos, aqueles que me fizeram aterrissar em Boston, já não faziam mais sentido. Eu tive a oportunidade de me reinventar e mesmo a quilômetros de casa a possibilidade de me sentir realizada não era remota, muito pelo contrário, ela era mais real do que nunca!
Tive que aprender a lidar com os contratempos com muita maturidade e responsabilidade, que resultaram em muito aprendizado, tanto no idioma, quanto de vida. O intercâmbio foi a melhor maneira para eu amadurecer e entender que nada daquilo era um roteiro de Hollywood, e são as dificuldades que nos tornam mais fortes, além do mais o clichê “é errando que se aprende” faz muito sentido na vida de todos os intercambistas, pois é preciso ter muita coragem pra correr o risco de tentar, errar e aprender a acertar. A chance de fazer tudo ser inesquecível é única, então, não dá pra ficar no quarto assistindo o tempo passar, é preciso correr atrás do objetivo para ter um saldo positivo de aproveitamento.

Amizades

Em um intercâmbio de curso de idioma, você raramente irá fazer amizades com os locais, pois em uma escala de 0 a 1000, o nível de diversidade cultural na escola é de 990, mais ou menos isso, então você irá se relacionar com pessoas do mundo inteiro.



Alguns irão ser seus roommates e dividir quarto com você na residência estudantil ou na casa de família, outros serão seus classmates e companheiros de trabalhos em sala. Alguns serão parceiros de passeios turísticos na cidade e de viagens durante a viagem,  outros serão seus parceiros de baladas.



Com alguns você irá manter contato por anos a fio, com outros, infelizmente não, mas cada um terá um lugar especial no seu coração para sempre e certamente, você também estará no coração dessas pessoas pelo mundo afora.
Durante o intercâmbio compartilhamos diversos momentos, sentimentos e emoções com pessoas que nunca tínhamos visto antes, isso acontece de forma tão intensa que elas se tonam “nossos amigos de infância” e uma das coisas mais tristes é ter que lidar com as despedidas que geralmente acontecem a cada mês... Eu sei que posso voltar a NY por mais um milhão de vezes, mas jamais terei o replay de tudo o que vivi durante o intercâmbio.




A Baunilha em seu último post no Blog Embaixador STB disse: “Fazer intercâmbio me ajudou a descobrir a mim mesma e ver o mundo com outros olhos. Olhos curiosos sobre o que acontece ao meu redor. Inspirados a seguir em frente sem medo do mundo e com muito mais coragem de enfrentar os desafios e abraçar o meu destino.” É exatamente este legado que um intercâmbio deixa na vida de quem o vive. Espero ter inspirado e encorajado alguém, em algum lugar, a dar o primeiro passo em busca da melhor experiência de vida EVER!

“ÀS VEZES É PRECISO SE AVENTURAR FORA DO SEU MUNDO PARA SE ENCONTRAR” 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A TERRA DA RAINHA A SEUS PÉS!

Que Londres, a capital da moda e da cultura, é um espetáculo à parte por reunir uma série de belezas que deixam qualquer um anestesiado, é um fato incontestável, então, que tal uma vista panorâmica privilegiada da surpreendente Terra da Rainha? O Embarque Imediato dessa semana apresentará um dos cartões postais mais emblemáticos, não somente de Londres mas de toda a Europa, a incrível “Millennium Wheel”, ok, vamos usar uma linguagem mais conhecida pelos turistas do mundo afora... Estou falando da LONDON EYE, a famosa roda-gigante (e bota gigante nisso) de Londres. 





A London Eye foi construída em cima do Rio Tâmisa (rio que banha Londres e Oxford) e inaugurada em 1999, mas problemas envolvendo segurança, só permitiram que o público tivesse acesso um mês depois. Com os seus 135 metros de altura e suas 32 cabines de vidro com capacidade para mais ou menos 20 pessoas, a London Eye chegou a entrar para o Guinness como a maior roda-gigante do mundo, mas em 2006 perdeu o título para a Singapore Flyer, com 30 metros a mais.

Um fato bem curioso é que a London Eye não para de girar um minuto sequer, por esse motivo, o embarque e desembarque dos turistas é feito com ela em movimento, e pra ser bem sincera, isso é um tanto que desconfortável e desesperador também, mas não se preocupe porque você vai superar, afinal, ela se movimenta muito lentamente para facilitar o embarque e desembarque e também para que os turistas possam apreciar a vista que é no mínimo MA-RA-VI-LHO-SA e capturar as melhores imagens da capital inglesa em todos os ângulos. O passeio dura em torno de 30 minutos que certamente serão eternizados em sua memória!


         


Tickets

Confesso que até meia hora antes de escrever esse post, eu não tinha a menor ideia de quanto custava o ticket para a London Eye e muito menos como consegui-lo, pois quando fui para Londres, fui com uma agência de turismo e o “voo” (como costumam dizer) já estava incluso no pacote organizado pela gerente da agência Holiday Intercâmbios e Turismo, Natália Ferrari, e autora do blog Destinos Holiday, portanto não precisei me preocupar com absolutamente nada, mas depois de um google rápido, descobri que é possível adquirir ingressos no local e na hora do passeio, o que não é muito aconselhável, pois  geralmente a fila é gigantesca e tudo o que um turista menos quer em uma viagem é perder tempo, certo? Então, você pode adquirir seu ticket online no site oficial da London Eye e retirá-lo na bilheteria próximo à entrada da roda-gigante, com meia hora de antecedência sem stress algum...

Warning: É conveniente que seja pontual, afinal, você está em terras britânicas, onde o atraso é considerado um ato de deselegância total e é claro que você não vai cometer essa gafe justamente na Terra da Rainha, não é mesmo? 

O preço individual do ticket na hora é 18,60 libras, porém, quando a compra é feita online, o turista garante um desconto, pagando 16,74 libras, além disso, é possível fazer uma combinação de passeios em um único pacote, o que geralmente acaba saindo bem mais em conta... Isso tudo você pode encontrar no site oficial da London Eye. Escolha a opção que mais te agrada e aproveite o passeio.

Ter tido a oportunidade de ver o Buckingham Palace, a Westminster, o Big Ben e todo o Parlamento ficando pequenininhos enquanto a London Eye suavemente girava, foi inexplicavelmente incrível e confesso que foram os 30 minutos mais lindos que vivi na capital inglesa. Quando cheguei ao ponto mais alto do voo, a sensação foi... I'M ON THE TOP OF THE WORLD!!! De Londres no caso (rsrs), e ter Londres a seus pés é o sonho de qualquer um. Se você vai visitar a Terra da Rainha, a dica é: a London Eye já é por si só um cartão postal, mas nada se compara com a vista que ela pode te proporcionar lá do alto, então saiba que esse é um passeio imperdível! Enjoy...